Fala resenheiros de plantão!
Quando falamos de "clássicos", em se tratando de novelas, a tão aguardada estreia do remake de Renascer trouxe alívio para a Rede Globo. A nova produção mostrou que a emissora ainda sabe fazer um bom folhetim, mas deixou clara a crise referente a descoberta de autores atuais, para fazer novas obras, do mesmo calibre das novelas consagradas, de outros tempos, da "plim plim".
Após de "Terra e Paixão", o remake de "Renascer", estreou com uma audiência maior do que sua antecessora. Segundo dados prévios do Ibope, a trama adaptada por Bruno Luperi registrou uma média de 25,6 pontos [e um pico de 26,4], enquanto o folhetim de Walcyr Carrasco alcançou 24,8 pontos.
Em 1993, a novela de Benedito Ruy Barbosa registrou 60 pontos de audiência, em média, por capítulo. Algo normal para os padrões da "platinada" há décadas. Hoje, a realidade é outra. Com tanta tecnologia e opções no streaming, a televisão aberta tem que se adaptar e seguir sua árdua missão em busca da audiência.
Exibida entre 21h09 e 22h49, a nova novela das nove conquistou 42% de share, indicando que, em um universo de 100 aparelhos, 42 estavam sintonizados na Globo. No mesmo horário, a Record assegurou a vice-liderança com 3,9 pontos de média, o SBT ficou em terceiro lugar com 3,5 pontos, e a Band ocupou a quarta colocação com 1,4 ponto.
Seguindo a tradição e alterações
O primeiro capítulo da obra original escrita por Benedito Ruy Barbosa manteve a violência gráfica que chocou o público em 1993. A novela sempre é lembrada pelo público pelo primeiro capítulo que foi avassalador com o iniciante Leonardo Vieira que vive na primeira fase o personagem José Inocêncio.
A Globo optou por mais uma vez mostrar o protagonista José Inocêncio (Humberto Carrão) pendurado de cabeça para baixo em uma árvore árvore e completamente esfolado vivo.
Humberto Carrão como José Inocêncio em 'Renascer', novela das 9 da Globo- Foto: Reprodução/TV Globo
Essa cena foi muito debatida se seria mostrada igual a trama de 1993 que mexeu com público e provocou pesadelos em muitos telespectadores.
Após anos de sua exibição a produção do remake optou em manter a cena intacta. Isso acontece após o protagonista fincar o seu facão aos pés do Jequitibá-Rei onde fez um pacto com a árvore, de quem não haveria de “morrer de morte matada ou morrida” enquanto a lâmina seguisse na terra. Ele foi salvo pelo mascate Rachid (Gabriel Sater), que costurou a pele do rapaz de volta a ao corpo com a ajuda de uma agulha comum. Com milhares de capítulos pela frente, Bruno Luperi precisou mexer nos roteiros da obra do nos roteiros da obra original do avô.
Personagem inédita
Cândida (Maria Fernanda Cândido) em Renascer -Foto:
Sendo assim uma personagem inédita teve uma marcante participação na trama. Cândida (Maria Fernanda Cândida) já tenha encerrado nesta segunda (22), a fazendeira foi responsável por transformar José Inocêncio em um em um produtor de cacau, ao aceitar lhe vender a fazenda à beira da falência.
Santinha o grande amor do coronelzinho
Já Santinha (Duda Santos) é a mocinha que vive trancafiada em casa, presa nas garras do ciumento pai, Venâncio (Fábio Lago). Capataz do coronel Belarmino (Antonio Calloni). A jovem também sofre com a submissão da mãe, Quitéria (Belize Pombal). Após muita insistência, Santinha conseguiu a autorização do pai para acompanhar o cortejo do Bumba Meu Boi na região. Foi durante a festa que ela ficou cara a cara com o personagem de Humberto Carrão. Os dois se apaixonarão e viverão uma tragédia após se casarem. A mocinha irá morrer no parto do quarto filho, provocando uma reviravolta e passando o bastão para a segunda fase de Renascer.
Resta saber se a Globo vai conseguir manter seu público vidrado não novela como 30 anos atrás. Aí são cenas dos próximos capítulos.
Por: Edu Coutinho
Edu coutinho é o idealizador do Portal Resenhando e colunista principal