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No Dia do Meio Ambiente, Museu Vale abre exposição “Folhear”, com esculturas gigantes utilizando folhagens
Publicado em 29 de maio de 2024 às 14:08
No Dia do Meio Ambiente, Museu Vale abre exposição “Folhear”, com esculturas gigantes utilizando folhagens No Dia do Meio Ambiente, Museu Vale abre exposição “Folhear”, com esculturas gigantes utilizando folhagens A exposição acontecerá no Parque Botânico Vale, em Vitória, e na Reserva Natural Vale, em Linhares, dois espaços de preservação da Mata Atlântica. Arte e meio ambiente se misturam na mais nova iniciativa do Museu Vale, em sua atuação extramuros. A exposição “Folhear” abre no Dia do Meio Ambiente, 5 de junho, e ocupará, simultaneamente, o Parque Botânico Vale, em Vitória, e a Reserva Natura Claraboia Imagem

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Os visitantes poderão contemplar esculturas gigantes desenvolvidas pelo casal de artistas Felipe Barbosa e Rosana Ricalde, com curadoria de Ronaldo Barbosa, utilizando folhagens dos próprios espaços de preservação da Mata Atlântica. As obras têm como uma das inspirações a topiaria, técnica de jardinagem para dar formas esculturais às plantas, criando assim um ser único e fantástico que se conecta com a natureza, transformando-se ao longo do tempo.


A exposição também contará com o projeto educativo desenvolvido pelo museu em parceria com a arte-educadora Janaina Melo, “Fabulando Folhear: entre palmeiras e seres imaginários”, com atividades ligadas à arte e natureza, para as visitas mediadas, oficinas e formação com professores e educadores.


A mostra tem entrada gratuita e ficará aberta de 5 de junho a 8 de setembro. Em Vitória, o funcionamento do parque é de terça a domingo, das 8h às 17h. Em Linhares, a visitação fica disponível também de terça a domingo, das 8h às 16h. As visitas educativas para escolas podem ser agendadas no telefone (27) 9 9252-7525.






“A exposição Folhear aproxima o público de temas como a preservação e a consciência da nossa relação com a natureza de forma lúdica, conectando arte, educação e sensibilização ambiental. Essa integração do Museu Vale ao Parque Botânico e à Reserva Natural Vale, espaços que são referência na preservação da biodiversidade, é muito significativa. Ela reflete a atuação da Vale no sentido de fortalecer cada vez mais

 uma atuação sustentável e em sinergia com as questões ambientais do nosso tempo”, diz Hugo Barreto, diretor-presidente do Instituto Cultural Vale e diretor de Clima, Natureza e Investimento Cultural da Vale.


A exposição


A mostra é assinada pelo casal de artistas Felipe Barbosa e Rosana Ricalde, autores de um dos maiores sucessos de público do Museu Vale, a exposição Jardins Móveis, com


materiais infláveis, que atraiu mais de 98 mil visitantes em 2017. Desta vez, eles desenvolveram três grandes esculturas - a maior tem aproximadamente 4 metros de altura e 10 metros de comprimento.

Os artistas escolheram como matéria-prima a própria natureza, por isso, as esculturas remetem a partes de um grande ser fantástico coberto por elementos naturais, sobretudo folhas.


Rosana Ricalde explica que o maior desafio foi pensar em um trabalho que pudesse usar

 elementos encontrados nos espaços de preservação, porque os componentes da natureza não são completamente controláveis.


Já Felipe Barbosa conta que o propósito da exposição é instigar o mistério, a fantasia e a imaginação. “A nossa ideia é que o visitante tenha uma experiência lúdica em harmonia com a paisagem. Queremos abrir um espaço para a imaginação, de modo que cada visitante consiga tomar para si uma narrativa diferente”, diz.



Foto: Claraboia Imagem



O curador da exposição, Ronaldo Barbosa, explica que a obra dos artistas foi feita para dialogar com o espaço e, sobretudo, causar algum estranhamento, que pode ser considerado um dos objetivos da arte contemporânea. “A princípio quando você chega até o espaço, a escultura se mistura à paisagem, mas quando fixa o olhar percebe que é um elemento estranho ao ambiente. As folhagens são ressignificadas pelos artistas e transformadas em “pele vegetal”, como descrevem, para a criação do ser fantástico,

  inaugurando um novo contexto para os elementos naturais”, afirma Barbosa.


Experiência artística e consciência ambiental

“Folhear” faz parte da atuação extramuros do Museu Vale, que leva programação cultural a praças, parques, novos espaços e a cada vez mais pessoas do estado do Espírito Santo e além dele, através de intercâmbios e troca de conhecimento.


Para a diretora do Museu Vale, Claudia Afonso, “a conexão entre os espaços pode ser pensada de diferentes formas, simbólicas ou concretas, por meio desses imensos seres fantásticos e imaginários, instalados no parque e na reserva”. Ela completa: “Nessa jornada, somos guiados pelas raízes que nos ensinam a importância da preservação, da harmonia, das infinitas possibilidades de conexões”.


Claudia destaca a importância do fomento à arte feita a partir de materiais orgânicos.

Segundo a diretora, dessa forma, os artistas são desafiados a explorar novas técnicas, texturas e possibilidades ditadas pela natureza, resultando em obras de arte únicas.

 

“Também para o público, para além de uma experiência estética diferente a cada dia, os materiais podem trazer diversas camadas de reflexão, lembrando-nos da transitoriedade da vida, da beleza da impermanência das coisas, e sensibilizando para a nossa relação com o entorno e o meio ambiente”, afirma.

A exposição Folhear é uma iniciativa do Museu Vale e do Instituto Cultural Vale, com patrocínio da Vale, e realização do Ministério da Cultura, via Lei de Incentivo à Cultura.

Visitas educativas e Programa Aprendiz

  

A exposição contará com o projeto educativo “Fabulando Folhear: entre palmeiras e seres imaginários”. Nas atividades, crianças, jovens e adultos terão a possibilidade de criar, inventar e descobrir relações que atravessam a arte e a natureza, a partir de visitas mediadas, formação com professores e educadores, e oficinas práticas e experimentais para grupos diversos.

Desenvolvido em parceria com a arte-educadora Janaina Melo, atual diretora de Museus da Fundação Municipal de Belo Horizonte, o objetivo do projeto educativo é discutir sobre os processos de formação, experimentação e conexão da arte com a natureza.


O Museu Vale também realiza, desde 2005, o Programa Aprendiz, que promove formação em áreas ligadas à montagem de exposições, para jovens de comunidades da Grande Vitória, em parceria com o Senac.


 Durante o período de montagem e instalação da exposição Folhear, os jovens têm a oportunidade de participar de aulas e oficinas com curadores, pesquisadores, professores e demais profissionais ligados às disciplinas de curadoria e arte, cultura e direito à cidade, e preparação de espaços expositivos.


Museu Vale Extramuros


O Museu Vale, em seu momento extramuros, expande suas atividades para além de paredes e limites geográficos. Leva diferentes manifestações da arte e inúmeros

 programas educativos para as praças, parques, escolas e outros espaços culturais, atingindo novos públicos e abrangendo outros municípios da Grande Vitória.


Através desses intercâmbios e trocas de conhecimento, a atuação do museu continua com seu legado de preservação da memória cultural, possibilitando e fomentando

ações de pesquisa, educação, comunicação e formação, sempre próximo às produções do estado do Espírito Santo.

 

Em destaque estão as últimas mostras desenvolvidas pelo Museu Vale, que reuniram mais de 90 mil visitantes: “O Extraordinário Universo de Leonardo Da Vinci”, “Memórias do Futuro – Um olhar sobre a coleção do IHGB” e a exposição “De onde surgem os Sonhos” - Coleção Andre a e José Olympio Pereira.


A atuação do Museu se conecta ao Instituto Cultural Vale, que está presente em mais de 70 projetos patrocinados, autorais e colaborativos em todo o Espírito Santo, como Festa da Penha, Festival de Cinema de Vitória, Movimento Cidade e Musin – Festival Música na Infância, entre outros. O Instituto conta ainda com o Vale Música Serra, criado

 em 2000, que promove ações de educação musical para estudantes da rede pública do Espírito Santo. 


O projeto, em funcionamento na Estação Conhecimento Serra, conta com diversos grupos de referência como orquestra, camerata jovem, banda sinfônica, coral infantil, coral jovem e jazz band.


Parque Botânico Vale e Reserva Natural Vale

Localizado em Jardim Camburi, Vitória, o Parque Botânico é um espaço de lazer e vivência com a natureza, composto por 33 hectares de Mata Atlântica, onde podem ser vistas mais de 140 espécies de árvores. Além disso, o local é frequentado por espécies de aves migratórias e répteis, como o jacaré de papo amarelo.


A Reserva Natural Vale, com área de aproximadamente 23 mil hectares, situa-se em Linhares, Norte do Estado, e integra a da Rota do Verde e das Águas, sendo um destino ecoturístico de exuberante paisagem. O espaço oferece trilhas ecológicas, torre de observação, coleções científicas e promove ações de educação ambiental para fortalecer o conhecimento local sobre sustentabilidade.


SERVIÇO


-Evento: Exposição Folhear

-Entrada: gratuita

-Período de visitação: de 5 de junho a 8 de setembro de 2024 Classificação: livre

 Vitória

-Dias e horários: De terça a domingo. Das 8h às 17h

-Local: Parque Botânico Vale, na Av. dos -Expedicionários. Jardim Camburi, Vitória.

Linhares

-Dias e horários: De terça a domingo. Das 8h às 16h

-Local: Reserva Natural Vale, na Rodovia BR 101, Km 122. Zona Rural, Linhares.

 

Grupos escolares:


-Agendamento pelo contato: (27) 9 9252-7525

-Para mais informações, acesse o site museuvale.org

Por: Edu Coutinho

Edu Coutinho

Edu coutinho é o idealizador do Portal Resenhando e colunista principal

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