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Dia Nacional de Combate ao Fumo também faz um alerta para o impacto do tabagismo na saúde bucal
Publicado em 29 de agosto de 2024 às 18:28
Dia Nacional de Combate ao Fumo também faz um alerta para o impacto do tabagismo na saúde bucal Celebrada no dia 29 de agosto, a data é uma forma de conscientizar a população sobre o risco do cigarro para a saúde. Cirurgiã-dentista explica os impactos do fumo para a cavidade oral! Divulgação

Fala resenheiros de plantão 

 

De acordo com o Ministério da Saúde, o tabagismo ativo e a exposição passiva à fumaça do tabaco estão relacionados ao desenvolvimento de aproximadamente 50 enfermidades, entre elas patologias buco-dentais. Estudos da OMS comprovam ainda que a fumaça do cigarro tem mais de 4,7 mil substâncias tóxicas. Para conscientizar sobre o impacto do fumo para a saúde e a importância de deixar esse vício, no dia 29 de agosto, celebra-se o Dia Nacional de Combate ao Fumo.


Se todo o corpo absorve o impacto do tabagismo, o que dizer sobre a boca, porta de entrada das nocivas substâncias presentes no cigarro?


A cirurgiã-dentista Larissa Pavesi alerta que o tabaco e o álcool estão entre as principais causas do câncer da cavidade oral. “Antes de chegar aos pulmões, as substâncias químicas presentes no cigarro, por exemplo, causam danos severos na estrutura da boca e garganta. Esse tipo de câncer afeta os lábios e as estruturas da boca, como gengivas, bochechas, céu da boca (palato), língua (principalmente as bordas) e a região embaixo da língua (assoalho da boca). É o quinto tumor mais frequente em homens no Brasil”, ressalta.





Ela diz que dependendo do tipo e da quantidade de tabaco usado, os fumantes apresentam probabilidade entre quatro a quinze vezes maior de desenvolver câncer de boca do que os não-fumantes.


A profissional reforça ainda que o uso dessas substâncias pode acarretar também outros tipos de doença na boca além do câncer. “As inflamações na gengiva, o que chamamos de doenças periodontais, estão mais propensas a acontecer. A nicotina e alguns outros componentes do cigarro contribuem para o enfraquecimento do sistema imunológico do indivíduo, deixando-o mais suscetível às bactérias. No caso de implantes, o tabagismo prejudica a cicatrização das gengivas”, explica.


Segundo Larissa, além das mucosas, os dentes também podem ser bem afetados pelo tabagismo. Ela cita o alcatrão, presente no cigarro, como um dos maiores inimigos do esmalte dental, gerando aquela pigmentação amarelada nos dentes, característica muito presente entre os fumantes, halitose, o famoso mau hálito, e ainda a perda gradativa do paladar.


Outra doença periodontal que também está associada ao consumo em excesso de cigarros e à má higiene bucal é a gengivite ulcerativa necrosante aguda. Relativamente rara, costuma se manifestar em pessoas jovens, causando úlceras, necrose, dor e sangramento da gengiva. A candidíase oral é outra patologia que tem maiores chances de acontecer quando se é fumante.  


A xerostomia, comumente conhecida como boca seca, também entra na lista de “efeitos colaterais” do tabagismo, isso porque a fumaça do cigarro provoca o ressecamento da boca e inibe a produção de saliva.

Larissa Pavesi lembra que mesmo sendo um hábito muito desafiador de se largar, é importante que as pessoas se conscientizem sobre a necessidade de parar de fumar. 


“Claro que para quem fuma há muitos anos, os efeitos do cigarro permanecerão por um bom tempo no organismo ainda. No entanto, quanto antes houver essa pausa, melhor para resgatar a qualidade de vida, o bem-estar e a saúde, observando ainda a melhora no sistema imunológico e na integridade da cavidade oral”, enfatiza. 

Por: Edu Coutinho

Edu Coutinho

Edu coutinho é o idealizador do Portal Resenhando e colunista principal

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